quarta-feira, 26 de maio de 2010

Fifa World Cup 2010

Pois bem, boa sorte Canarinho ! Felizmente não dependemos mais de um bom resultado no futebol para destacarmos nossa sensibilidade de existência entre os povos.
MAS, não dispensamos uma alegria a mais nessa vã "brincadeira" que nos aperta o coração.

 





segunda-feira, 26 de abril de 2010

O jogo das raças


Acompanhando as presentes discussões sobre pré-conceito no mundo chutebolístico percebo que não há vistas para uma filtragem desses acontecimentos.

O esporte do brasileiro está cada vez mais coberto por leis, e infelizmente "A lei é uma forma mais ou menos hábil de burlar a Justiça" Millôr Fernandes. Ações, que se estão na pegada do jogo, deveriam ser esclarecidas desde ced, já nas séries iniciais, para que - infelizmente - possamos preparar os "donos da bola" do futuro. Mas é chato falar disso, todo mundo fala, até o Tico Santa Cruz no Altas Horas.

Vejam bem, ainda que culturalmente, NÃO somos racistas - brevemente entenda que o povo brasileiro pode não ser racista, mas sim ignorante - pois racismo é a tendência de pensarmos como racistas. At the question: atos podem denotar racismo ?

Infelizmente, é tenso saber que mesmo sem expressão exata, o racismo está introduzido, é automático.

Certa vez li que o futebol, mais do que um esporte, é uma analogia da vida.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Da Paraíba e o futebol

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Dez dias no querido Estado da Paraíba foram bem aproveitados futebolísticamente falando.

Pousamos em Campina Grande, cidade bonita, com aproximadamente 400 mil habitantes. Estava 25ºC quando chegamos. Fomos ao shopping da cidade, detentora da rivalidade entre o Treze e o Campinense – este recentemente rebaixado para a Série C.

Lá, tive a sorte de me deparar com uma loja oficial do Campinense, destas que ficam no meio do corredor do shopping. A camisa estava em promoção. Não hesitei e peguei a minha, já que era muito bonita e o preço era atraente. Rubro-negra, com o símbolo do time que é muito bonito, um patrocínio fantástico do famoso São João de Campina Grande. Destaque para o cômico patrocínio da Silvana, indústria metalúrgica, que fica na parte de trás da camisa, parecendo ser o nome do jogador.

Feito isso fomos para o sítio, que fica num município de 5 mil habitantes, Junco do Seridó. Neste, todos torcem por times de RJ-SP, sobretudo Vasco, Flamengo e Corinthians, não necessariamente nessa ordem. Mas a maioria dos torcedores são mistos – esta praga –, tendo como segundo time principalmente o Treze ou o Campinense, já que Campina Grande é mais perto do que João Pessoa, terra do Botafogo-PB, e o Nacional de Patos não tem tanta expressão. Encontra-se facilmente quem num dia está com a camisa do Flamengo, no outro com a do Treze.

O paraibano gosta de futebol, como bom brasileiro que é. Porém, liga a televisão e só encontra o que nela passa: times do eixo RJ-SP. Os meninos vão à loja de vídeo-game jogar um jogo de futebol e na relação de times brasileiros não encontram os times locais. Aí é covardia. Como vai fazer esse menino apoiar o time local (“support your local team”, como dizem os ingleses)?

Prosseguindo, em Patos há dois times: o Nacional de Patos e o Esporte Clube de Patos, o “Terror do Sertão”, que curiosamente tem o Pato Donald no símbolo. Ganhei a camisa branca do meu tio; meu irmão, a vermelha e branca – muito mais bonita, diga-se de passagem.

Já estava com duas camisas de times paraibanos, quando no sétimo dia fomos a Campina Grande. Que cidade linda! Gostosa de morar, a despeito do intenso calor. Fui disposto a comprar mais camisas, desde que o preço fosse atrativo, é óbvio.

Logo na entrada da cidade, nos deparamos com o estádio do Campinense, que me pareceu ser bem modesto. Nas proximidades, e em demais lugares da cidade, encontram-se pichações da Torcida Jovem do Treze e da torcida do Campinense.

Enfim, chegamos ao centro, de frente para a loja oficial do Treze. E, pasmem, a loja oficial do Campinense é logo em cima, como acusa a foto que tirei:

A rivalidade campinense se encontra lado a lado no centro da cidade.

Fomos à loja e perguntamos pelas camisas. Tinha a camisa I, branca, e a III comemorativa, que achei feia. Nenhuma em tamanho G ou GG, um preconceito à gente gorda e alta, como eu. Do meu tamanho só tinha uma de treino, que não gostei. A listrada, que eu queria, não tinha. Tinha bandeiras, troféus de títulos, etc. Havia gente comprando camisas, mulheres procurando para os maridos, o que me agradou muito. Na frente da loja uma concentração de homens discutindo futebol, alguns com a camisa do Treze. Como eu já havia obtido a camisa do Campinense, não fomos à loja deste.

Seguimos mais para o Centro, em busca de outras lojas de esportes que tivessem camisas de times locais. Só locais. Sem sucesso. Fomos em mais três ou quatro lojas e nada de camisas de times locais. Os atendentes diziam que estas poderiam ser encontradas apenas nas lojas oficiais dos clubes, nas quais eu já tinha ido, como já disse.

Então, frustrado por não encontrar uma camisa do Treze do meu tamanho ou de qualquer outro time da Paraíba que fosse, perguntava aos atendentes se havia camisas de outros times nordestinos. A resposta era sempre: “só tem do Sport”. Entretanto, camisas de times cariocas ou paulistas eram facilmente encontradas...

Em termos gerais, gostei muito do que vi na rua. É claro que víamos muitas camisas de Flamengo, Corinthians, Vasco, São Paulo etc., em sua maioria falsificadas. Porém, era uma segunda-feira, e no dia anterior o Treze havia ganhado pelo campeonato paraibano, assim como o Botafogo (de João Pessoa), ao contrário do Campinense, que apenas empatou. Encontramos, portanto, muita gente com a camisa alvinegra do Treze.

Mas vamos à grande glória da viagem. O motorista que nos levou era muito gente fina e conhecia muita gente. Inclusive me contou muita coisa a respeito de Marcelinho Paraíba, que é glorificado na cidade. Disse-me que ele provinha de um bairro chamado José Pinheiro, considerado um dos mais violentos e pobres da cidade. No "Zé Pinheiro", Marcelinho teria feito vários projetos para a molecada crescer na vida, que ajudava a montar várias bandas de forró, como a 100% Paraíba que ele tem atualmente, mas que o pessoal não era muito interessado - opinião do motorista. Disse ainda que ele era amigo de todos, e que todos o adoravam na região. Quando ele chega de férias no Zé Pinheiro, é uma festa enorme. Contou também que Marcelinho adora beber uma cana e que, por ser amigo de todos, vai nas festas e paga bebida para todo mundo que ele conhece, inclusive para quem é da bandidagem, que deve ter crescido junto com ele no bairro. Enfim, Marcelinho é adorado pelos campinenses e tem fama de cachaceiro.

Continuando, comuniquei ao motorista meu desejo de ter uma camisa da tão comentada Perilima, do Pedro Ribeiro de Lima. Ele comentou que conhecia gente que já havia jogado pelo time e ia contatar essas pessoas em busca da camisa. Eu, por conta própria, procurei no centro da cidade a camisa com pessoas que poderiam conhecer o Seu Pedro, mesmo sabendo que seria muito difícil encontrar.

Ao fim da tarde, porém, quando o motorista foi nos buscar, disse que havia pegado o telefone de Seu Pedro para ligarmos a fim de entrarmos em contato. Liguei, mas ninguém atendeu. Só de ter ligado para Seu Pedro eu já tinha história para contar para todo mundo. Todavia, seguimos rumo à fábrica, para comprarmos sorda preta da Perilima, uma bolacha feita da rapadura, muito degustada na região. Fomos, mas sem esperança de encontrar Seu Pedro, já que era final da tarde.


O símbolo mais recente da Associação Desportiva Perilima.

Chegando lá, encontrei o carro com o símbolo do time, que tem um gavião e o nome do clube: Perilima. Ao lado, a Kombi da fábrica, que provavelmente distribui a sorda para os compradores pela cidade. Muitas padarias compra sorda da Perilima. Logo em seguida, para nossa felicidade, encontramos Seu Pedro na porta da fábrica, conversando com seu filho e um cliente. O motorista falou: “ói só, tu deu sorte: Seu Pedro tá ali”. Não acreditei, mas era mesmo ele! Baixinho, com bigode, cabeça grande, a cara típica do paraibano. Eu, o motorista e minha família fomos de encontro ao grande ídolo Seu Pedro, famoso por ser o "artilheiro de um gol "apenas, de pênalti. Iniciamos a conversa, nos apresentamos e eu disse que estava querendo uma camisa do time da Perilima. Minha mãe acrescentou a Seu Pedro que eu era um grande fã seu – forma de dizer, claro. Contei-lhe que conheci seu time na Internet, que já havia inclusive doado R$10,00 no www.ajudeaperilima.blogspot.com e que contava do time a muitos amigos meus. Perguntei-lhe se não queria se “desfazer” de uma camisa do time. Ele disse que não tinha nenhuma, mas foi procurar em sua casa se havia alguma dando sopa.

Enquanto isso fiquei aguardando, entrei na fábrica e fiquei analisando, enquanto minha mãe comprava as sordas. Uns 5 a 10 minutos depois surge Seu Pedro com meu grande troféu que pensei que jamais conseguiria: a camisa da famosa Perilima! Era uma camisa usada, de 2005, quando o time competiu pela primeira divisão paraibana. Notavam-se as manchas na camisa com facilidade. Mas fiquei emocionado, confesso. É a Perilima, porra! Analisei-a, coloquei-a no ombro e perguntei a Seu Pedro se era presente ou se ele estava vendendo, ao que ele respondeu: “homi, mi dê qualqué coisinha aí”. Disse-lhe novamente que já havia dado R$10,00 antes, ao que ele acrescentou: “apois me dê mair vinte!”. Hahahaha. Disse que ia dar mais R$10,00, mas a mãe prometeu dar R$20,00, junto com o dinheiro da compra das sordas pretas.

Problema financeiro resolvido, passei a conversar mais com Seu Pedro. Ele disse que a Perilima se dava mal porque não tinha dinheiro, que o problema econômico impossibilita-os de montar um bom time (formado, aliás, com os funcionários da fábrica de Seu Pedro) e que alguns pagamentos de fomento ao esporte não haviam sido feitos – aí complica de vez, né! Nos soltamos na conversa e aí resolvi brincar com Seu Pedro. Perguntei se havia feito gol em 2009, ele disse que não, “não deu pra fazer gol”. Hahaha. Perguntei das doações na Internet, ele respondeu que a mulher que estava cuidando disso se desencantou com o time, mas não comentou nada a respeito do fim que esse dinheiro levou. Acrescentou ainda que um grande óbice à estruturação do time é ausência de apoio dos seus filhos, que acham que o time só dá prejuízo. Brinquei ainda com Seu Pedro perguntando com quantos anos ele estava: “tu tás com quanto, Seu Pedro? 55 anos já?", sendo que eu sabia que ele já tinha 60. Ele respondeu: “oxi, já to com 61 agora”. “Tá nada, Seu Pedro! Quem é que dá 60 anos no senhor?”. Minha mãe entendeu a graça e acrescentou: “É mesmo! Isso é o esporte que faz”. Ele ficou todo contente, sorriu bastante.

Por fim, por ter pagado $20,00, disse a Seu Pedro que eu tinha direito a uma foto com ele. Minha irmã preparou o celular e tirou a foto que segue abaixo, uma grande conquista na minha vida, já que foi com o grande Seu Pedro, dono, jogador, técnico, artilheiro e tudo o mais da Perilima:












À esquerda, a Kombi da fábrica. À direita, o carro do time, com o brasão oficial.
Abaixo, ao lado de Seu Pedro, eu pousando com a camisa da Perilima.

Feito isso, nos abraçamos. Aliás, uma grande prova da felicidade de Seu Pedro com nossa visita foi o abraço que ele me deu: um abraço forte, de quem se agradou com minha presença. Me despedi dele e de seu filho e prometi: “ainda vejo um jogo do time de vocês!”. Com sorrisos, cada qual contente com seu cada qual, cada um foi para o seu lado.

Durante toda a viagem de volta carreguei a camisa da Perilima no colo, satisfeito com minha conquista humilde porém de grande significação, que ainda vai me render muitas histórias.

Pelo grande feito, prometemos ao motorista que nos levou até Seu Pedro uma camisa de um time paranaense. Perguntamos a ele qual time era de sua preferência. Ele disse que não gostava muito de times paranaenses – antes, durante a viagem, já tinha nos mostrado sua bela visão de futebol, nos contando que preferia torcer por times locais, no caso o Nacional de Patos, a times de fora, a despeito de o mesmo ter dito simpatizar com o Corinthians-SP. Pensou mais um pouco e disse que do Paraná achava bonita a camisa do Atlético-PR. Agora estamos devendo uma camisa do Furacão ao motorista.

A respeito da Perilima, para conhecer mais acesse:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Associa%C3%A7%C3%A3o_Desportiva_Perilima

http://www.arquivodeclubes.com/pb/perilima.htm
http://www.timesdelbrasil.com.br/PB/ad_perilima-pb.htm

No final da viagem, ainda deu para ver de longe o estádio Almeidão, em João Pessoa:

Estádio Almeidão, em João Pessoa.

Por fim, voltei com alegria do Estado da Paraíba, já que o cenário não mudou muita coisa, mas pude participar dessa realidade muito mais do que participava antes. Ainda, voltei com três camisas de três times diferentes e pude também dar uma voltinha em Caicó-RN, em busca da camisa do Coríntias de Caicó, o Galo do Seridó, mas infelizmente sem sucesso.

O saldo, porém, foi muito positivo. Saudações ao futebol nordestino!
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sábado, 23 de janeiro de 2010

Hey você, homem viril:


Esse ano teremos a oportunidade de acompanhar 1 mês de um dos acontecimentos que marcam a vida de um homem, é a Copa do Mundo de Futebol, a ser realizada na África do Sul.

Além de ser o primeiro mundial em solo africano, a Copa do Mundo da África será o momento mais honesto e excitante do ano.

Aviso a todos os broders que usufruem desse amor que estarei de férias, ou seja, 1 MÊS de maratona do amor.

Ah sim, e visto a necessidade, compartilho com vocês um delay de correio eletrônico que faz-se essencial sua divulgação, assim como ser talhado na geladeira das suas casas.


Querida:

1. De 11 de junho a 11 de julho de 2010, você deverá ler a seção de esportes do jornal de modo a se manter a par do que se passa com respeito à Copa do Mundo, o que lhe permitirá participar das conversas. Caso não proceda desta maneira, você será olhada com maus olhos, ou mesmo ignorada por completo. Neste caso, NÃO RECLAME por não receber nenhuma atenção.

2. Durante a Copa, a televisão é minha, o tempo todo, sem exceção. Se você dirigir o olhar ao controle remoto, uma vez sequer, você o perderá (o olho).

3. Se você precisar passar em frente à TV durante um jogo, eu não me importarei, contanto que o faça rastejando e sem me distrair. Se você decidir se exibir nua diante de mim à frente da TV, esteja certa de vestir-se imediatamente em seguida pois, se pegar um resfriado, não terei tempo de levá-la ao médico nem de lhe dar assistência durante o mês da Copa.

4. Durante os jogos eu estarei cego, surdo e mudo, exceto nos casos em que eu solicite que me encha o copo ou peça a você a gentileza de me trazer algo para comer. Você estará fora de si se achar que irei ouvi-la, abrir a porta, atender o telefone ou pegar nosso bebê que possa ter caído no chão... Não vai acontecer.

5. Seria uma boa idéia manter pelo menos 2 caixas de cerveja na geladeira o tempo todo, bem como razoável variedade de tira-gostos e belisquetes. E por favor não faça cara feia para meus amigos quando eles vierem assistir jogo aqui em casa comigo. Como recompensa, você estará autorizada a assistir à TV entre meia-noite e seis da manhã, a menos, é claro, que neste período haja a reprise de algum jogo que eu tenha perdido durante o dia.

6. Por favor, por favor, por favor! Se me vir contrariado por algum time de meu interesse estar perdendo, NÃO DIGA coisas como "Ah, deixa isso pra lá, é só um jogo..." ou "Não se preocupe, eles vão ganhar da próxima vez...". Se disser coisas desse tipo, só me deixará com mais raiva e vou amá-la menos. Lembre-se, você jamais saberá mais sobre futebol do que eu e suas supostas "palavras de encorajamento" apenas nos levarão à separação ou ao divórcio.

7. Você será bem-vinda a sentar-se comigo para assistir um jogo e poderá me dirigir a palavra no intervalo entre o primeiro e o segundo tempos, mas apenas durante os comerciais e (importante) APENAS se o placar do primeiro tempo tiver sido do meu agrado. Favor notar também que especifiquei UM jogo, ou seja, não use a Copa do Mundo como pretexto mimoso para aquela coisa de "passarmos tempo juntos".

8. Os repetecos dos gols são muito importantes. Não importa se já vi o gol ou não, eu quero ver novamente. Muitas vezes.

9. Avise suas amigas para no mês da Copa não darem à luz nenhum neném, ou mesmo promover qualquer festa de criança ou eventos de qualquer natureza que exijam minha presença, porque:

a) Eu não vou;
b) Eu não vou, e
c) Eu não vou.

10. No entanto, se um amigo meu nos convidar para ir à casa dele num domingo para assistir um jogo, iremos de imediato.

11. As resenhas esportivas da Copa toda noite na TV são tão importantes quanto os jogos propriamente ditos. Que nem lhe passe pela cabeça dizer coisas como "Mas você já viu isso tudo... Por que não muda para um canal que todos possamos assistir?". Se disser algo assim, saiba desde já que a resposta será: "Veja a regra nº 2 dessa lista".

12. E, finalizando, por favor poupe-me de expressões como "Graças a Deus que só tem Copa do Mundo de quatro em quatro anos". Estou imune a manifestações dessa natureza, pois após a Copa vêm a Libertadores, Liga dos Campeões, o Campeonato Italiano, O Espanhol, o Brasileirão, etc.


Querida, muito grato por sua cooperação.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Balanço do 2009 futebolístico para o futebol paranaense.


O ano de 2010 se inicia e acho justo ressuscitar nosso querido bróg fazendo um balanço do ano anterior no que tange o aspecto futebolístico do nosso amado Paraná....

Festa do Fantasma no acesso a 1° Divisão do Paranaense. Foto: Gazeta do Povo


Campeonato Paranaense:

Nosso tradicional torneio estadual, que já vinha cada vez mais sem graça, acabou tendo um desfecho fracassado. Um regulamento esdrúxulo, mal redigido pela Federação Paranaense de Futebol, e o pior, aprovado com o aval dos clubes participantes. O Atlético Paranaense acabou jogando suas últimas 7 partidas do octogonal final em casa, enquanto o pobre Paranavaí, oitavo classificado na fase anterior, jogou todas suas partidas fora de seus domínios. No campo, o Atlético sagrou-se campeão, em uma vitória sem brio devido a goleada sofrida para o rival Coritiba em plena Arena, final de campeonato digno para um regulamento tão bizarro.

Divisão de Acesso:

Na divisão de acesso tivemos um dos poucos fatos positivos para o futebol paranaense, o retorno do tradicional Operário de Ponta Grossa a elite do nosso futebol. Junto ao fantasma o Serrano de Prudentópolis também garantiu vaga, se sagrando o campeão da divisão.

Copa do Brasil:

Na Copa do Brasil o Paraná teve 4 representantes: o falecido Jotinha (me recuso a chamálo de C********** “paranaense”, Paraná Clube, Atlético e Coritiba.

O Jota caiu logo na primeira fase ao ser eliminado em casa pelo Guarani de Campinas. O Paraná Clube acabou eliminado pelo Fortaleza. O Atlético paranaense caiu nas oitavas frente ao Corinthians, mesmo após fazer grande partida no jogo de ida, quando chegou a estar ganhando por 3 x 0, porém, cedeu 2 gols e acabou eliminado no jogo de volta. O Coritiba chegou as semi-finais da competição, caindo frente ao Internacional. O verdão do Alto da Glória fez duas grandes partidas, principalmente no jogo de volta no Couto Pereira, e com um pouco mais de sorte (e competência) poderia ter decidido o título. Como balanço, o Coritiba acabou terminando a competição com sua melhor campanha no torneio, o que caracterizou também, o melhor desempenho de uma equipe paranaense na Copa do Brasil.

Copa Sulamericana

Na Copa Sulamericana mais uma participação medíocre de nossas equipes, o Atlético acabou eliminado para o fraco Botafogo, enquanto o Coritiba poupou jogadores devido a sua situação no Brasileirão e acabou perdendo a vaga nos pênaltis para o limitado Vitória da Bahia.

Brasileirão – Série D

Na recém-criada e indesejada série D, tivemos a participação do C********** “paranaense” e do rebaixado Londrina. As duas equipes acabaram eliminadas pelo Chapecoense-SC que acabou subindo para a série C. Não se pode exigir muito das equipes nesse campeonato, uma vez que os recursos são escassos e a visibilidade mínima. O Tubarão chegou a fazer rifas para subsidiar as viagens do time para o jogo frente a Chapecoense. Triste...

Brasileirão – Série B

O Paraná Clube mais uma vez não passou de mero coadjuvante na Série B do brasileirão. As dispensas em massa e constantes “pacotões” de reforços foram a tônica do fracasso tricolor. Poucos jogadores vingaram, com isso, sobrou para incontáveis técnicos que passaram pela Vila em 2009. Após sofrer durante todo o campeonato, brigando para não cair para a série C, acabou se acertando com a chegada do técnico Roberto Cavalo. Os jogadores Rafinha (recém-contratado pelo Coritiba) e Marcelo Toscano, lateral que acabou sendo “improvisado” no ataque, comandaram a reação paranista. Toscano acabou se firmando como goleador da equipe e o Paraná terminou sua participação no campeonato na 10° posição. Final com gosto amargo, que poderia ser diferente se houvesse de fato um planejamento coerente.

Brasileirão – Série A

Na elite do futebol brasileiro, a dupla AtleTiba não se encontrou e acabou realizando um campeonato pífio. Se alternaram durante os dois turnos entre a 14° e 15° posição, sem qualquer perspectiva de vôos mais altos. O Atlético se livrou do rebaixamento na penúltima rodada, com uma vitória de 2 x 0 frente ao concorrente direto Botafogo, na Arena da Baixada. Já o Cori, obteve três resultados horríveis justamente na reta final do campeonato, acabando rebaixado para a Série B do Brasileirão. O “bom” time do Coritiba se mostrou sem alma, sem raça, sem determinação, sem vontade de vencer. Quem acabou pagando foi a torcida alviverde, que além de ter visto o clube nesta situação, assistiu de camarote o fato lamentável ocasionado por falsos torcedores, após a partida contra o Fluminense. No campo jurídico, o Coritiba acabou novamente derrotado, em um julgamento visivelmente manipulado pela mídia. O STJD acabou encontrando no alviverde, a oportunidade ideal para fazer média perante a sociedade e a FIFA. Estamos no caminho certo para a Copa de 2014....

Perspectivas para a temporada 2010

O ano começa novamente sem grandes expectativas. O regulamento do campeonato paranaense foi mantido, o que já se mostra a primeira derrota do nosso futebol em 2010.

O Atlético larga na frente, uma vez que manteve a base dos jogadores e a comissão técnica. No campo das contratações, poucas novidades.

O Paraná parece não aprender nunca. Não conseguiu segurar nem comissão técnica, nem os jogadores mais importantes da temporada passada (com exceção do Marcelo Toscano). Contratou novo técnico, e os novos “pacotões” já estão chegando na Vila.

O Coritiba acertou em manter a comissão técnica e acertou mais ainda ao promover 10 jogadores das categorias de base. Atletas com salários altos serão negociados e serão contratados jogadores mais baratos e de acordo com a nova realidade financeira do clube. A primeira contratação acaba de ser anunciada, o meia Rafinha, destaque do Paraná Clube na temporada passada, que veio na negociação que envolve a ida de Carlinhos Paraíba ao São Paulo. NO FUTEBOL, até o momento, tudo certo no Coritiba. O tempo vai dizer se as novas contratações serão acertadas e se a nova diretoria terá uma administração transparente e correta.

O fato é que um futebol Bi-Campeão do Brasil como é do Estado do Paraná, não pode se contentar com tão pouco, vivendo sempre a mercê da CBF e dos times do eixo rio-sp. Dias melhores virão..... embora esteja difícil de acreditar.....

PAZ ENTRE AS TORCIDAS E UNIÃO ENTRE OS CLUBES = FUTEBOL PARANAENSE FORTE!

Abraços a todos e excelente 2010!

terça-feira, 30 de junho de 2009

Uma visão sobre a Malhação

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Malhar, malhar, malhar...
Por Jonas Pasck

O imaginário coletivo formado pelas novelas juvenis das tardes globais

É muito interessante, hoje em dia, observarmos o que se passa na TV para tentarmos entender como está se formando o imaginário coletivo da sociedade atual. Em um desses instantes em que paramos na frente da televisão, ou por falta do que fazer, ou pela necessidade de se descansar de um dia estressante como todos os outros dentro de uma rotina que, cada vez mais, acelera o ritmo de nossas vidas em prol da articulação e defesa do fundamentalismo que rege a nossa sociedade capitalista, apontado com toda autoridade pelo geógrafo brasileiro Milton Santos, o consumismo. Em um desses momentos deparei-me com o programa preferido pela pré-adolescência brasileira, responsável por moldar a personalidade das nossas crianças, a Malhação.
Tal programa, recheado de uma atmosfera burguesa onde seus personagens usufruem de tudo o que tem de bom e de melhor no que diz respeito aos artigos e adornos da moda mais cobiçados pela juventude, desde os mais abastados até os de menores condições econômicas. Tal estilo de vida burguês vendido pelo programa mexe com os sonhos e aspirações de uma juventude gerando, quando esta não desfruta de uma condição econômica favorável para a obtenção de tais adornos, uma exclusão social de tal violência que pode ser colocada ao lado dos piores efeitos colaterais gerados por um sistema capitalista em que as relações sociais estão subordinadas pelo capital.
Tal ponto de vista entra em contradição com o discurso “politicamente correto” de seu roteiro e personagens, os quais são dotados de uma conscientização social e grande espírito solidário ao mesmo tempo em que vendem produtos supérfluos à educação das nossas crianças em merchandising forçadas e de muito mau gosto que impõe à nossa juventude o que seria bom e importante para o seu desenvolvimento social. Existiria coisa mais importante para um adolescente do que um cabelo bem tratado pela proteção de um Garnier Fructis? Ou possuir um celular para que pais equivocados possam melhor controlar seus filhos de uma possível expressão “subversiva” de sua personalidade?
O “Projeto Malhação” tem um modelo simples de elaboração. Um casal protagonista esquivando-se de vilões pré-adolescentes dotados de uma incrível capacidade de articulação maquiavélica e tamanha falta de escrúpulos que não se poderia medir a conseqüente influência desta no seio da nossa juventude. No roteiro desenvolvido para 2008 estabelece-se um antagonismo para a moral e os bons costumes da nossa sociedade conservadora. A “mocinha” do casal protagonista entregou o que existe de mais sagrado para a moral conservadora da nossa sociedade: sua virgindade. Porém, esta foi entregue a outro que não o “mocinho” do casal protagonista e, como se não bastasse essa “demonstração de desrespeito contra a moral e os bons costumes”, a personagem veio a engravidar do “outro”. Nada que abalasse o “fantástico mundo da Malhação”, pois, como já observamos antes, todos seus personagens são dotados de um incrível senso de compreensão e solidariedade. Mas, e na vida real? Como tal comportamento reflete na nossa sociedade, tanto na nossa juventude como no seio de uma sociedade conservadora? Como a sociedade se comporta perante uma adolescente que tem seu amor prometido à sua alma gêmea e, no alto dos seus 15 ou 16 anos, engravida de outro?
Partindo do preceito de que esse tipo de programa atinge a população de uma faixa etária que está entre os 10 e os 15 anos, em processo de formação de sua personalidade, dúvidas e curiosidades a despeito da sexualidade, uma erupção de hormônios que se mescla com as confusões impostas por uma mídia tendenciosa e manipuladora. Ao apresentar o mesmo tipo de comportamento que a personagem como esta criança, que se espelha em seus ídolos no intuito de uma inserção social, é julgada por uma sociedade conservadora que condena tal comportamento? O que falta à nossa sociedade para melhor lidarmos com tais situações, mais compreensão ou menos hipocrisia? Quem são os responsáveis, a criança que teve esse comportamento “subversivo” ou a hipocrisia de uma mídia que ao mesmo tempo em que vende idéias conservadoras em beneficio de uma minoria, que lucra cada vez que a massa oprimida se racha em discórdias superficiais e sem importância desviando seu olhar de coisas realmente importantes, e usando os meios de comunicação para vender um estilo de vida e incentivar um consumismo exacerbado que gera uma ilusão anestésica de liberdade e articula as relações de poder dentro da sociedade capitalista?

Jonas Pasck é estudante de História

Fonte: Caros Amigos

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sexta-feira, 29 de maio de 2009

Final CoCo?

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Na semana retrasada, pude conferir no Couto Pereira a partida entre Coritiba e Ponte Preta. Amigos meus de Ponta Grossa acharam um pretexto para faltar à aula e eu topei de primeira. Afinal, além do jogo, havia uma outra pessoa que muito me interessava no estádio.

Pois fomos. Para começar, duas caixinhas de Bohemia devidamente geladas para a viagem até a capital. Fomos em cinco no carro e as cervejas foram o suficiente para a viagem toda.

Todavia, nos atrasamos um pouco porque, afinal, todo mundo tem que trabalhar. Saímos de Ponta Grossa às 18h e alguma coisa e à frente do Couto Pereira aproximadamente às 20h15.

Mas foi o suficiente. Compramos nossos ingressos para arquibancada e fomos direto para o meio da Império Alvi-verde, torcida organizada do Coxa.

Acerca do jogo, não há muito o que se falar, até porque eu prestei atenção muito mais em outras coisas que no jogo em si. Porém, foi pressão total da Ponte durante o primeiro tempo. Nada além do normal, já que o primeiro jogo dera 2x2 e a equipe de Campinas precisava ganhar.

Porém, o Coxa soube conter a Ponte e no final, como que colocando uma cereja no bolo, Ariel mete a cabeça numa bola oriunda da lateral esquerda, cruzada por Marcelinho Paraíba após cobrança de escanteio, e é caixa. Golaço de Ariel, 1x0 pro Coritiba e a classificação certa.



Aí foi só comemorar e aguardar o Internacional de Porto Alegre.



O primeiro jogo já foi realizado, nessa última quarta. Eu esperava jogo mais truncado, porém após o gol alviverde, parece que o time se desligou, o que se percebe na má vontade que o zagueiro do Coxa teve em tirar a bola da pequena área na jogada que resultou no segundo gol do Inter. Resultado final: 3x1 e uma esperança diminuída.

Todavia, o Coxa é guerreiro e o centenário há de inspirar os jogadores. Ao que parece, nem Nilmar nem Kleber jogam pelo Inter, e Marcelinho Paraíba volta a favor do Coxa, que precisa vencer de 2x0 no mínimo.

A esperança é alta, o Couto estará lotado e Curitiba vai parar para ver o jogo.

Em passando, o Coxa pega Corinthians ou Vasco da Gama. Está mais para o Corinthians. Ronaldo (não deu, Will, foi mal) voltará à equipe e o time jogará em casa com a vantagem do empate. Detalhe: o Vasco só fez gol no Timão após uma jogada horrível de Pimpão, que quase sem querer concluiu ao gol, num Maracanã lotadasso. A equipe é muito limitada, para não dizer ruim, e para o Corinthians perder vai ter que se esforçar muito.

Pois é, existe a possibilidade de uma final CoCo nesta Copa do Brasil.

Aguardemos!

Obs.: muita correria por acá também.

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sábado, 23 de maio de 2009

Bundesliga e o Negro Grafite


Wolfsburg é o campeão da Bundesliga, com direito a erguida de taça do capitão o brasileiro Josué, e tendo como o artilheiro, o também brasileiro Grafite.


Nesse último jogo, vencido por 5x1 contra o Werder Bremen, Grafite comeu bola e mostrou porque conseguiu bater o recorde de outro brasileiro, o Ailton - então artilheiro pelo Bremen (03/04), como maior goleador estrangeiro da Bundes.

Parabéns ao Grafite, que vem jogando um chutebol digno de convocação. Se Alfonso Alves foi quando então artilheiro do campeonato holandes, que é fraco se comparado ao Alemão, além do Fred também, então, bota o Negro lá Dungão.


Taí uma Liga que sinto falta no PES.
Quero muito meter uma master league com o BORUSSIA, inspirado nos tempos áureos do maestro e matador Chapuisat.

Não sou Shakira, mas estoy aqui..


hehehehehehehehehehehehhehehehe
Peço desculpas aos meus amáveis amigos, de blog, de abraços e loucurinhas sonhadas. Mas é a transição rolando em minha vida que tem me roubado tempo. Listando: mudança de trampo, mudança de casa, mudança de hábitos (lol).

Mas para comentar algo que me diverte no momento, JUSTUS. Simplesmente.

O Aprendiz 6 - O Universitário. Pra quem tem acompanhado a saga desse monstro do corporativismo, apresentador, cantor, e outras qualidades que se equivalem a de um Kung Lao a brasileira, sabe que o nível caiu, mas ainda continua a ser o programa mais fodilhão de entretenimento do sul do mundo.

O trio Walter Longo, Roberto Justus, e o Consultor do Sebrae e Experiente Empresário Claudio Forner, não deixa a peteca cair e sempre regram na sala de reunião.

O fato de serem universitários, o que notoriamente demonstra a falta de experiência e artemanha corporativa, fez dessa edição a mais fraca no quesito Modelo de Empreendedorismo.

Enfim, semana que vem já é a final, e espero grandes surpresas nessa última sala, claro, tendo a certeza que Justão vai mostrar como ser O homem de negócios, o que já vale a conferida.

O Brusp libera todos os episódios do programa em alta qualidade no user dele, além das edições anteriores.



Se o próximo post do Vino ele não escrever a palavra RONALDO, prometo um beijo.
VAI NA FÉ BRASIL

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Corinthians, o título, a viagem e o futuro

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Atrasadamente, devido à grande quantidade de trabalhos, provas, projetos e afins que a Universidade me acumula, apareço para falar do Time do Povo.

Como já é sabido, já que a mídia brasileira não deixa ninguém desatualizado sobre o Ronaldo, o homem detonou o Peixe.

Na primeira partida da final, um 3x1 realmente fenomenal. Gols de Felipe (contra, a favor do Santos), Chicão e Ronaldo. Gol nada, golaço do Ronaldo. E que golaço!



No meio da semana, o Timão veio a Curitiba enfrentar o Atlético-PR na iminência de ser campeão paranaense - o que depois se confirmou. O Furacão fez jus ao apelido e passou por cima do Corinthians, abrindo 3x0 no placar. Durante o primeiro tempo, lembre-se que Ronaldo se machucou na costela, mas felizmente foi só um susto. Porém, nos últimos cinco minutos do jogo, Cristian e Dentinho fizeram um gol cada, deixando o Corinthians com o direito de passar de fase com uma vitória simples em São Paulo.

Agora, vamos ao que interessa. No domingo, dia 03 de maio, a grande final do Paulista. O Santos confiante, muito se comentou e se provocou durante a semana. Os santistas estavam esperançosos de uma goleada. Afinal, era a única chance que o Santos tinha de ser campeão: vencer por 3 gols de diferença.

E eu fui lá ver. Saímos de Ponta Grossa aproximadamente às 23h30 e pegamos a estrada para São Paulo. A viagem foi tranquila, bem mais tranquila que a anterior que fizemos para ver o jogo contra o Paraná. Chegamos à capital paulista às 6h30 e seguimos reto para o Pacaembu, onde é muito fácil de se chegar. Lá, decidimos ir à Avenida Paulista, que não poderia faltar. Aí arrematei: "caras, eu vou pro Parque São Jorge. Não sei como faz, mas vou de algum jeito". Meus amigos ficaram um pouco receiosos, mas também não negaram. Insisti. O motorista decidiu ir dormir um pouco e nos aguardar. Ficamos na Av. Paulista, então, conhecendo. Perguntei a dois policiais e a um dono de banca como chegar à Fazendinha. Munido de informação, ratifiquei que iria e acabaram cedendo.

Com isso, pegamos o metrô na frente do MASP, na cara e na coragem, e seguimos rumo à Zona Leste da capital paulista. Descemos no carrão, no metrô com destino à estação Corinthians-Itaquera. Lá, encontramos um dozito (membro da Camisa 12, torcida do Corinthians) e pedimos informação. O rapaz, muito gente fina, nos instruiu como chegar lá, mas fez questão de deixar o aviso: "cuidado aí, hein, rapazeada". Realmente, o lugar é bastante pobre, é a região mais pobre da maior cidade latino-americana, o que se pôde constatar desde a entrada no metrô Corinthians-Itaquera, já que era bem mais simples que os outros que tínhamos pegado, e também devido às pessoas que vimos nos metrôs, sendo boa parte de nordestinos. Encontramos muitos moradores de rua, trombadinhas, uma miséria notável. E muitos corinthianos, muitos mesmo. Zona Leste é Corinthians! Particularmente, me senti em casa.

Andamos a pé aproximadamente 15 minutos e chegamos ao terreno sagrado do Parque São Jorge. É emoção indescritível. Lá, decidimos ir visitar o Memorial do Corinthians, um lugar mágico, repleto de coisas relacionados á história do time alvinegro. É bastante moderno, com uma estrutura sensacional. Impossível ficar menos de 2 horas lá. Não pudemos visitar as instalações do clube devido ao fato de já estarmos próximos das 12h, o que atrasaria demais a nossa volta ao Pacaembu. Com isso, comprei algumas coisinhas na Poderoso Timão, só de lembrança mesmo, e voltamos ao Carrão para pegar o metrô de volta. Ah, que se conste, o metrô de São Paulo é sensacional.



Enfim, voltamos ao Paca. Ficamos um tempo curtindo o ambiente na Praça Charles Miller e às 14h entramos. Fomos de numerada. Mais uma vez, passei pelo problema com ingresso: a máquina não queria reconhecer o ingresso. O senhor que cuidava das catracas, bem atencioso, ensinou que era por causa do meu celular. E realmente, o ingresso estava junto a meu celular. Por isso fica a dica: não mantenham seus ingressos próximos de objetos que tirem sua magnetização.

E lá dentro, meus amigos, eu definitivamente estava em casa. O pessoal das numeradas canta e agita bem menos que as arquibancadas, é verdade, mas de lá dá para se ter a melhor visão do campo e ainda podemos observar o show das organizadas. Ficamos bem no centro, com uma visão excelente. E, devido à final, o corinthiano cantou como nunca nesse jogo.

Antes de começar o jogo, fui ao banheiro químico do Paca. Saindo de lá, me deparo com Biro-Biro chegando para assistir à partida. Não perdi a oportunidade e abracei o grande Biro. Vimos muitos famosos: Neto, Godoy, Mauro Beting, o presidente Sanchez, o comentarista Benja, o baterista do CPM22 (Japinha), Felipe Andreoli do CQC, enfim, todos quiseram ir ver o Coringão.











À esquerda, eu nas bilheterias do Parque São Jorge; à direita, com Biro-Biro, no Pacaembu.

Em campo, vimos o Santos colocar pressão durante o primeiro tempo. Com isso, Kléber Pereira conseguiu um pênalti que Sálvio Spínola - motivo da minha roquidão após o jogo - marcou. E KP também: 1x0 para o Santos. Mas logo em seguida, André Santos, após passe de Dentinho (finalmente sendo útil, hein, Dente?), fulminou o gol de Fábio Costa. Com o empate, o Santos se perdeu em campo, e no segundo tempo mais parecia que o Corinthians precisava marcar mais um gol. Destaque-se a insistência dos companheiros em fazer com que Ronaldo marcasse um gol no final da partida, o que até irritou alguns torcedores, e a violência de Domingos, que bateu o jogo inteiro e só foi expulso ao final, após falta de Ronaldo (o que eu filmei, conforme se constata no terceiro vídeo abaixo postado).







Ainda, vale ressaltar que o Pacaembu fechou os portões para que os torcedores das numeradas saíssem pelo portão principal, o que fez com que todos tivéssemos que sair por um portão minúsculo (o portão 10) e subir passando por cima das cadeiras mesmo, num tumulto que não pode acontecer num país que será sede de Copa do Mundo em 5 anos. Vão ter que melhorar muito para nos tornarmos mais ou menos ainda.



Mas o que importa foi ver o Corinthians campeão! E invicto (pela quinta vez), o que não ocorria desde 1972, quando o Palmeiras foi campeão. Após o jogo, descemos até a grade e acompanhamos a volta olímpica de perto. O primo do zagueiro Diego, que substituiu muito bem Chicão, estava ao meu lado. O zagueiro veio cumprimentá-lo e vi o jogador na minha frente. Também vieram Felipe, Alessandro, André Santos e Douglas, que subiu a grade e cumprimentou a galera. Sorte dele ter ganhado o título, porque a torcida já estava perdendo a paciência com ele.

Feito isso, fomos até a frente do portão principal e curtimos um pouco a festa da Pavilhão Nove. Lá, pude tirar a foto de um senhor hilário que levou um peixe para tirar onda com os santistas. Após, fomos ao carro e pegamos a estrada de volta, com a esperança de voltar em breve ao Estádio Paulo Machado de Carvalho, eterno Pacaembu.

Ronaldo e Chicão os foram artilheiros do time, com 8 gols cada. Ronaldo foi eleito o craque do campeonato e o time do Corinthians teve 7 jogadores eleitos para a seleção do campeonato paulista. Mano Menezes foi considerado o melhor técnico.





Agora, o Corinthians já eliminou o Atlético Paranaense em casa, por 2x0, com dois gols de Ronaldo e espera o adversário entre Goiás e Fluminense. Independente de quem vier, acho que dá Corinthians. O problema vai ser depois pegar equipes como Flamengo e Internacional. Mas isso consideraremos depois.

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sexta-feira, 1 de maio de 2009

Operário estreia com vitória e comemora seus 97 anos com a torcida

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A torcida Trem Fantasma do Operário fez a festa no Germano Krüger.

Hoje teve início a Divisão de Acesso do Paranaense.

E hoje foi aniversário de 97 anos de existência do Operário Ferroviário Esporte Clube de Ponta Grossa - PR, fundado em 01/05/1912, o que faz dele o clube mais antigo do Estado do Paraná, perdendo apenas para o Coritiba, que foi fundado em 12/10/1909.

O torcedor ponta-grossense mantém muito carinho pela equipe da cidade, muito embora infelizmente se veja muito ainda uma diversidade de cores na arquibancada, sem contar aqueles que vão com camisas de outros times, num total desrespeito ao Operário, ignorando a campanha da torcida operariana de todos irem de preto e branco para o estádio, em respeito às tradições do clube. Tirando esse aspecto colorido da torcida e as manifestações preconceituosas em geral que ainda é possível observar no Germano, fatos que me deixam muito triste, a festa foi muito bonita.











O torcedor do Fantasma compareceu em peso e devidamente uniformizado.

Segundo o anunciado no estádio, o público do jogo foi de 6.259 pessoas, com renda de R$ 62.336,00. Ano passado, nessa mesma data, o Operário colocou aproximadamente 8.000 pessoas no estádio, capacidade máxima. Nada mal, haja vista que, por exemplo, o São Paulo FC tem públicos registrados com menos de 8.000 pessoas no Morumbi.

Mas vamos ao jogo de hoje.

Como já dito, a festa inicial foi muito bonita. Pôde-se observar bastantes torcedores devidamente uniformizados ou com camisas comemorativas do aniversário de 97 anos. Fui de arquibancada especial, que fica de frente para a aquibancada geral, onde se pode ver bem as torcidas organizadas do Operário. Com isso, consegui tirar boas fotos.




Quanto ao jogo em si, o primeiro tempo foi morno. Operário criou pouco e o Maringá Iguatemi menos ainda. Todavia, foi possível observar um Operário melhor em campo. O time conseguiu armar uma jogada aqui e outra acolá, mas a execução final era sempre deficitária.

No segundo tempo, o Operário manteve sua ofensividade e pressionou o Maringá desde o início. Com isso, fez 1x0 numa jogada aérea. Festa no Germano! Porém, menos de 5 minutos depois o Maringá empatou. O autor do gol provocou a torcida, o que causou bastante revolta e xingamentos referentes à mãe do mesmo.

Mas o Operário esteve aguerrido em campo e conseguiu empatar logo em seguida, o que foi importante para o Maringá não tomar fôlego. Devo confessar aqui que não assisti ao segundo gol, pois houve um princípio de briga nas arquibancadas especiais de cima, o que fez com que todos que embaixo estavam olhassem com curiosidade para ver o que estava acontecendo. Exatamente nesse momento saiu o gol do Fantasma: 2x1. O que pude constatar, apenas, é que a jogada se originou de um escanteio. (Errata acrescentada em 02/05, às 12h51: o segundo gol se originou de uma jogada pela lateral direita. O lateral invadiu a grande área e rolou para trás para que o jogador nº 9 do Operário concluísse a gol.)

Porém, lá foi o Maringá novamente empatar o jogo: 2x2. A jogada se originou de um desprentensioso chute do jogador de Maringá. Contudo, a bola desviou na zaga e sobrou limpa para seu companheiro de equipe que, em posição legal, apenas completou na saída do goleiro.

Quando um empate parecia ser o resultado do jogo, mais uma vez a jogada aérea do Alvinegro de Vila Oficinas funcionou: mais um escanteio, do lado esquerdo do ataque ponta-grossense, o jogador operariano cabeceia na trave esquerda do goleiro e então outro jogador alvinegro, no meio de um monte de jogadores na pequena área, apenas arrematou para o gol. 3x2 para um Operário muito guerreiro, mostrando à sua torcida que neste ano o compromisso de subir para a Divisão Especial do Paranaense deverá ser cumprido.

Aí foi só administrar o resultado. Ainda teve outro cruzamento, desta vez da lateral direita, que o atacante operariano cabeceou lindamente, porém, a bola foi no travessão, tirando um sonoro "uuuh!" da arquibancada. Pena, seria um gol muito bonito!

Destaque-se a ausência de torcida adversária.

O que ficou claro foi a força aérea do time. O Operário está muito bem neste tipo de jogada. Tanto no primeiro quanto no segundo tempo, o time conseguiu chegar ao gol adversário diversas vezes pela via aérea. Os cruzamentos melhoraram bastante de qualidade também, embora se possa melhorar. Isso não se observava ano passado, por exemplo. A defesa, porém, marcou bobeira em algumas ocasiões.

Num resumo, o jogo foi bastante bom, sobretudo o segundo tempo, no qual pudemos assistir a cinco gols. Não houve muita indisciplina da parte dos jogadores.

O destaque final deve ser feito ao novo jogador do Operário: um cachorro entrou no início do jogo em campo e lá permaneceu por pelo menos uns 25 minutos do primeiro tempo. No começo, ficou rondando a lateral direita do Operário. Lá se deitou e numa oportunidade recuou para ajudar o time na defesa num cruzamento de escanteio no Maringá. Sinceramente, o jogador foi para a meia-lua da grande área do Fantasma e lá ficou, no meio de jogadores. Por mais uns 20 minutos pôde-se observar o 12º jogador alvinegro para lá e para cá, por todas as partes do campo, quando de repente sumiu, sendo achado posteriormente apenas durante o intervalo do jogo. Salve o cachorro operariano!










Aparentemente acostumado ao ambiente, o 12º jogador operariano permaneceu em campo durante 25 minutos.

Engraçado também foi um lance numa dividida entre o atacante do Fantasma e a zaga adversária, no qual houve um chutão muito forte para cima que fez com que a bola subisse muito e, quando estava direcionada a sair do estádio, acertasse bem na pontinha de um poste que fica na rua que passa ao lado do estádio e voltasse a campo. De tão improvável o lance, é impossível que haja algum registro em vídeo ou foto do acontecido.

Curiosos, esses dois detalhes provocaram muitas risadas nos torcedores, que faziam piadas e brincadeiras concernentes a ambos os fatos atípicos - os quais aconteceram no primeiro tempo.

Avante, Operário! A Divisão Especial é o seu lugar!

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Quinze anos sem Ayrton Senna

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É, 2009 não é apenas o ano em que faz 15 anos que Dener faleceu. Neste 1º de maio também faz 15 anos que Ayrton Senna, o grande ídolo automobilista do Brasil, encerrou sua carreira precocemente.

Antes de ser um grande motorista, Senna era um grande homem, uma pessoa repleta de princípios, humilde, sincero, tranquilo e que amava representar esse país.

É por isso que, apesar de grandes feitos em seu carreira, mais vale aqui colocar dois vídeos que revelam um Senna diferente, um cara que sabia exatamente as consequências de ser uma figura pública, ídolo de tantas pessoas, inclusive crianças - quando morreu, eu estava a duas semanas de completar 6 anos de idade.





Todos sentimos sua falta, Senna. Para sempre.

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terça-feira, 21 de abril de 2009

De quem estaria Mariana Aydar falando?

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Tá?
(Mariana Aydar)

Pra bom entendedor, meia palavra bas
Eu vou denunciar a sua ação nefas
Você amarga o mar, desflora a flores
Por onde você passa, o ar você empes

Não tem medida a sua ação imediatis
Não tem limite o seu sonho consumis
Você deixou na mata uma ferida expos
Você descore as cores dos corais na cos
Você aquece a Terra e enriquece a cus
Do roubo, do futuro e da beleza, augus

Mas do que vale tal riqueza?
Grande bos
Parece que de neto seu você não gos
Você decreta a morte, a vida indevis
Você declara guerra, paz, por mais bem quis
Não há em toda fauna, um animal tão bes
Mas já tem gente vendo que você não pres

Não vou dizer seu nome porque me desgas
Pra bom entendedor, meia palavra bas
Não vou dizer seu nome porque me desgas
Pra bom entendedor, meia palavra bas
Bom entendedor, meia palavra bas
Bom entendedor, meia palavra bas
Pra bom entendedor, meia palavra bas

Pra bom entendedor, meia palavra bas
Eu vou denunciar a sua ação nefas
Você amarga o mar, desflora a flores
Por onde você passa, o ar você empes

Não tem medida a sua ação imediatis
Não tem limite o seu sonho consumis
Você deixou na mata uma ferida expos
Você descore as cores do coral na cos
Você aquece a Terra e enriquece a cus
Do roubo, do futuro e da beleza, augus

Mas do que vale tal riqueza?
Grande bos
Parece que de neto seu você não gos
Você decreta a morte, a vida indevis
Você declara guerra, paz, por mais bem quis
Não há em toda fauna animal, um tão bes
Mas já tem gente vendo que você não pres

Não vou dizer seu nome porque me desgas
Pra bom entendedor, meia palavra bas
Não vou dizer seu nome porque me desgas
Pra bom entendedor, meia palavra bas
Bom entendedor, meia palavra bas
Bom entendedor, meia palavra bas
Pra bom entendedor, meia palavra bas... ta!

Para ouvir a música, clique aqui.


Do disco "Pássaros, Peixes, Pessoas", recentemente lançado. Vale a pena conferir. Disponível para download em: Um Que Tenha.

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domingo, 19 de abril de 2009

Que velocidade, hein, gordo?

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Foto: Globoesporte.com

Foi o que disse Mano Menezes a Ronaldo quando saiu o segundo gol corinthiano nesta belíssima tarde na capital paulista.

No primeiro tempo, o Corinthians dominou a equipe tricolor. Houve uma chance clara de Washington marcar, mas parou em Felipe. Noutra, Jorge Wagner chutou, mas Felipe mais uma vez defendeu, jogando a bola para escanteio. O Corinthians chegou pouco, mas no meio do campo e na defesa era soberano. Ronaldo quase marcou num chute que Bosco jogou para escanteio.

Já no segundo tempo só deu Timão, apesar de uma cabeçada perigosa de Borges logo na volta das equipes a campo. Mas logo aos 10 minutos, num contra-ataque fulminante, Ronaldo lança Jorge Henrique aparecendo na direita, que chutou ao gol, porém Bosco tocou o suficiente para a bola bater no travessão. Com isso, a bola voltou em direção à marca do pênalti. Douglas, que iniciou a jogada de contra-ataque, apareceu na entrada da pequena área e só completou de direita. Gol! Corinthians 1x0 São Paulo.

Com isso, o São Paulo foi para cima, já que lhe era favorável apenas o resultado de vitória. Assim, após jogada mal sucedida da equipe do Morumbi, Cristian - mais uma vez num jogo formidável - lançou brilhantemente ele, ele, ele! Ronaldo! Num fôlego de adolescente, Ronaldo chegou à bola antes do zagueiro são-paulino e aí foi só tocar por cima de Bosco, que já estava quase fora da área.



Dois a zero e a freguesia se manteve. Isso mesmo, já virou freguesia, com todo respeito que o São Paulo merece. Aliás, não fosse a 'má vontade' dos corinthianos no ataque, que chegavam na frente do gol e faziam corpo mole para decidir, seria uma goleada alvinegra em pleno Morumbi.

Agora, o Corinthians tem a vantagem de empate contra o Santos. Ao contrário do que alguns pensam, a final está em aberto. Ambas as equipes são fortes e os treinadores conseguiram ajeitá-los muito bem nas semifinais.

O destaque do dia fica para Mano Menezes, que calou a boca deste que escreve. Armou a equipe ofensivamente e soube amarrar apropriadamente a equipe do São Paulo. Foi absolutamente incrível como a equipe tricolor simplesmente não chegava à área corinthiana. Cristian, Chicão, William, Elias e Alessandro tiravam todas. Nem na base do chuveirinho, que é o forte do São Paulo, o time perdia. Todas, todas as bolas eram tiradas. Parabéns, Mano, agora eu tenho realmente que lhe dar os parabéns.

A dúvida que fica no ar, porém, é: em que estádios será a grande final? Assunto para os próximos dias.

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Quinze anos sem Dener

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No dia 18 de abril de 1994 falecia Dener Augusto de Sousa, ou simplesmente Dener, vítima de um acidente de carro quando voltava de São Paulo para o Rio de Janeiro, cidade onde estava jogando pelo seu último clube, o Vasco da Gama. Além de ter ido passar,o fim de semana com a família em São Paulo, um dia antes do fatídico episódio Dener havia se reunido com dirigentes da Portuguesa e do Stuttgart, da Alemanha, para acertar os temos de uma futura transferência sua para o futebol alemão.

Detentor de um futebol rápido e habilidoso, Dener era o próprio jeito moleque brasileiro de se jogar futebol. Ágil, liso, veloz e infernal. Assim era ele, difícil de parar sem falta.



Se seria um grande sucesso ou se decepcionaria jogando no futebol europeu, não se pode concluir nem por um nem por outro. O fato é que Dener enchia os olhos de alegria de quem o via jogar. Que o diga os lusitanos torcedores da Portuguesa, clube que o revelou e para o qual Dener ajudou a ganhar o Copa São Paulo de Futebol Júnior de 1991.

Negrinho franzino, de porte físico fraco e leve, Dener atuou pela Portuguesa, Grêmio e Vasco da Gama. Corria como criança perante os zagueiros que se ensandeciam diante de tamanha habilidade com sua melhor amiga, a bola.



Dener atuou onze vezes pela Seleção Brasileira. Para muitos, era convocação certa para a Copa do Mundo de 1994, mas morreu antes que pudéssemos descobrir qual seria sua sorte num campeonato mundial.



Dener faz parte do rol de grandes perdas do esporte nacional. Quem sabe com ele não teríamos sofrido tanto para ganhar aquela Copa e o mundo não teria despertado para todo seu talento e se deliciado com suas jogadas perspicazes, velozes e objetivas, capazes de deixar ambas as torcidas de boca aberta. Era um encanto para todos nós ver suas jogadas, assim como deve ser para os anjos que hoje podem vê-lo jogar. Sorte deles, pois igual a Dener será difícil de encontrar.

Aos 23 anos de idade, Dener deixou três filhos e uma viúva. E milhões de apaixonados pelo futebol tristes.

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sábado, 18 de abril de 2009

Santos se garante na final do Paulista

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Fotos: Globoesporte.com

- O Sálvio é frouxo. Só ele não estava preparado - disse Luxemburgo em entrevista coletiva após o jogo. E com toda razão.

É, seu Sálvio, o senhor é muito ruim e não merece apitar as finais. Uma pena que o senhor não esteja num futebol de um país em que se preza a justiça e a competência.

Comentário meu assistindo ao jogo quando entrou o zagueiro Domingos:

- O Mancini colocou o Domingos só para arranjar a expulsão do Diego Souza.

E não deu outra. As expulsões foram justíssimas. Domingos claramente entrou para provocar a expulsão do Diego Souza. Não digo provocar violentamente, mas sim moralmente. Não fosse a expulsão àquela hora, certamente veríamos os jogadores se enroscando durante a partida.

Em relação ao que fez o Diego Souza, fica a vergonha alheia. Lamentável demais o que ele fez e merece ser duramente punido - coisa que não é tradição em território brasileiro. Sinto pelas crianças que o têm como ídolo.

Uma coisa que tem que ser ratificada é que o jogador é uma pessoa pública e tem que assumir essa responsabilidade. Assim como Cristian fez gesto obsceno direcionado à torcida são-paulina, igualmente lamentável, Diego Souza agiu de forma irresponsável. Esses jogadores não imaginam o que suas atitudes repercutem na sociedade, sobretudo nas torcidas que estão ali no estádio. Por causa de atitudes assim, observam-se atos de violência entre torcedores, até mesmo daqueles que não agiriam violentamente caso o cenário fosse diferente. A respeito do assunto, vale ler Mauro Beting.

Diego Souza, que vergonha. Há semanas atrás, o senhor aparecia ao lado do zagueiro William, na televisão, fazendo propaganda a favor da paz nas semifinais e agora comete esse ato vergonhoso. Agora, não passa de mais um hipócrita. Que o senhor tem raça, ninguém questiona. O torcedor palmeirense sabe disso e reconhece, tanto que te aplaudiu quando saiu de campo. Mas isso que o senhor fez não é raça e sim falta de inteligência. O indivíduo que parte para a violência é porque perdeu a razão, e foi isso que aconteceu com o senhor.

Mais lamentável de tudo é o tal juiz Sálvio Spínola. Foi covarde e conivente no tocante a tudo que aconteceu. Cabia a ele punir em campo os jogadores violentos. Diego Souza desde o segundo gol do Santos estava distribuindo cotoveladas à vontade sobre os jogadores do Santos. Inclusive, recebeu um amarelo numa disputa de bola com o zagueiro santista, no qual avançou sobre este a socos explícitos que todos puderam observar. E se fosse expulso, não seria nenhum exagero. Mas, covardemente, apenas amarelou ambos os jogadores (o santista injustamente).

Todos perceberam que Diego estava nervoso e violento. Foi tão notável que o Mancini, como falei na hora, colocou o zagueiro Domingos unicamente para provocá-lo. A prática na área criminal ensina a qualquer um: a falta de punição imediata e devida tira a temeridade do indivíduo de voltar a praticar o que de proibido fez. Assim ocorreu com Diego Souza. Fosse o senhor Spínola um juiz que energicamente coibísse a violência em campo, não teríamos visto as atitudes lamentáveis no Palestra Itália.

Keirrison agora é chamado pelo torcedor palestrino de Pipokeirrison. Acho maldoso chamá-lo de jogador decisivo apenas contra time pequeno, mas é fato notório que quando o Palmeiras mais precisou, ele não compareceu. Maldito seja o futebol moderno, em que os jogadores mais jovens vivem com a cabeça em contratos milionários com times europeus - particularmente, independente do jogador, fico feliz quando estes tipos se dão mal.

Diego Souza, Pierre e Marcos também merecem parabéns. Diego Souza, apenas em relação ao futebol porque, como já falado, hoje a violência ofuscou sua qualidade enquanto jogador. Os outros dois, nem precisa dizer, são venerados pela torcida palmeirense por sua garra e demonstração de respeito à tradição e ao valor de seu time.





Quanto aos jogadores do Santos, vale destacar o frango de Fábio Costa tomado hoje, o maior de sua carreira. Ainda, há que se elogiar Madson, que é chato, incomoda a zaga adversária o jogo inteiro; Kléber Pereira que é monstro, fede a gol; Paulo Henrique, que tocava a bola com bastante qualidade e Fabão que dominou a zaga.

A Wagner Mancini, vale lhe dar os parabéns. O Santos jogou muito em ambos os jogos e os chutões que o Palmeiras dava em campo simbolizaram perfeitamente o mérito que Mancini teve em armar a equipe da maneira correta. Agora, o alvinegro praiano é forte candidato ao título, seja o adversário o Corinthians, seja o São Paulo.

Agora é esperar o jogo de amanhã e torcer para que os jogadores desse jogo sejam mais racionais e que vença o mais competente.

Repúdio à violência! Viva o futebol!

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terça-feira, 7 de abril de 2009

Enfim, os vídeos do show da Nação Zumbi

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O YouTube tentou me atrapalhar, mas não conseguiu: finalmente consegui fazer upload de todos os vídeos que fiz no show da Nação Zumbi em Ponta Grossa.

Divirtam-se:













Ainda, a tracklist deste ano:



E a do ano passado:


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segunda-feira, 6 de abril de 2009

Produto: "COISAS DIFERENTES"

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“Nosso público se interessa por coisas diferentes, assiste cinema europeu e não consome novela e Zorra Total”

Assim Grace Gianoukas, atriz de Terça Insana iniciou a entrevista disponibilizada pelo portal da Gazeta do Povo.

Grace é atriz titular do espetáculo desde o início das apresentações, e pelo que me parece, tem uma concepção "bem" crítica quanto ao seu "exercício cultural", afinal, o que mais podemos esperar de alguém que reage com tal indisposição quanto a outras manifestações culturais, sendo elas do seu nicho ou não. É ou não é uma "MALHADORA DA CULTURA"?. Faz assim, emprega repetições mais concentradas, quam sabe não hipertrofia sua musculatura encefálica.

Engraçado é ser inteligente, é ser perspicaz interpretando um personagem intitulado "Advogada do diabo", simples ser blasé, é descartar qualquer manifestação humana que se distingue da sua visionária competência de assinalar fatos e contextos.

Saiba que Kubrick, o Midas, enalteceu os aspectos que respaldão a Lei de Gil antes mesmo da sua origem.

Peter Sellers passaria hipoglos na sua bunda enquanto lia capítulos do "Alerta Vermelho" IMPROVISANDO aquele humor negro fino. Concluindo com uma CUCA roteirizada pela sua finada avó.