domingo, 19 de abril de 2009

Quinze anos sem Dener

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No dia 18 de abril de 1994 falecia Dener Augusto de Sousa, ou simplesmente Dener, vítima de um acidente de carro quando voltava de São Paulo para o Rio de Janeiro, cidade onde estava jogando pelo seu último clube, o Vasco da Gama. Além de ter ido passar,o fim de semana com a família em São Paulo, um dia antes do fatídico episódio Dener havia se reunido com dirigentes da Portuguesa e do Stuttgart, da Alemanha, para acertar os temos de uma futura transferência sua para o futebol alemão.

Detentor de um futebol rápido e habilidoso, Dener era o próprio jeito moleque brasileiro de se jogar futebol. Ágil, liso, veloz e infernal. Assim era ele, difícil de parar sem falta.



Se seria um grande sucesso ou se decepcionaria jogando no futebol europeu, não se pode concluir nem por um nem por outro. O fato é que Dener enchia os olhos de alegria de quem o via jogar. Que o diga os lusitanos torcedores da Portuguesa, clube que o revelou e para o qual Dener ajudou a ganhar o Copa São Paulo de Futebol Júnior de 1991.

Negrinho franzino, de porte físico fraco e leve, Dener atuou pela Portuguesa, Grêmio e Vasco da Gama. Corria como criança perante os zagueiros que se ensandeciam diante de tamanha habilidade com sua melhor amiga, a bola.



Dener atuou onze vezes pela Seleção Brasileira. Para muitos, era convocação certa para a Copa do Mundo de 1994, mas morreu antes que pudéssemos descobrir qual seria sua sorte num campeonato mundial.



Dener faz parte do rol de grandes perdas do esporte nacional. Quem sabe com ele não teríamos sofrido tanto para ganhar aquela Copa e o mundo não teria despertado para todo seu talento e se deliciado com suas jogadas perspicazes, velozes e objetivas, capazes de deixar ambas as torcidas de boca aberta. Era um encanto para todos nós ver suas jogadas, assim como deve ser para os anjos que hoje podem vê-lo jogar. Sorte deles, pois igual a Dener será difícil de encontrar.

Aos 23 anos de idade, Dener deixou três filhos e uma viúva. E milhões de apaixonados pelo futebol tristes.

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