terça-feira, 21 de abril de 2009

De quem estaria Mariana Aydar falando?

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Tá?
(Mariana Aydar)

Pra bom entendedor, meia palavra bas
Eu vou denunciar a sua ação nefas
Você amarga o mar, desflora a flores
Por onde você passa, o ar você empes

Não tem medida a sua ação imediatis
Não tem limite o seu sonho consumis
Você deixou na mata uma ferida expos
Você descore as cores dos corais na cos
Você aquece a Terra e enriquece a cus
Do roubo, do futuro e da beleza, augus

Mas do que vale tal riqueza?
Grande bos
Parece que de neto seu você não gos
Você decreta a morte, a vida indevis
Você declara guerra, paz, por mais bem quis
Não há em toda fauna, um animal tão bes
Mas já tem gente vendo que você não pres

Não vou dizer seu nome porque me desgas
Pra bom entendedor, meia palavra bas
Não vou dizer seu nome porque me desgas
Pra bom entendedor, meia palavra bas
Bom entendedor, meia palavra bas
Bom entendedor, meia palavra bas
Pra bom entendedor, meia palavra bas

Pra bom entendedor, meia palavra bas
Eu vou denunciar a sua ação nefas
Você amarga o mar, desflora a flores
Por onde você passa, o ar você empes

Não tem medida a sua ação imediatis
Não tem limite o seu sonho consumis
Você deixou na mata uma ferida expos
Você descore as cores do coral na cos
Você aquece a Terra e enriquece a cus
Do roubo, do futuro e da beleza, augus

Mas do que vale tal riqueza?
Grande bos
Parece que de neto seu você não gos
Você decreta a morte, a vida indevis
Você declara guerra, paz, por mais bem quis
Não há em toda fauna animal, um tão bes
Mas já tem gente vendo que você não pres

Não vou dizer seu nome porque me desgas
Pra bom entendedor, meia palavra bas
Não vou dizer seu nome porque me desgas
Pra bom entendedor, meia palavra bas
Bom entendedor, meia palavra bas
Bom entendedor, meia palavra bas
Pra bom entendedor, meia palavra bas... ta!

Para ouvir a música, clique aqui.


Do disco "Pássaros, Peixes, Pessoas", recentemente lançado. Vale a pena conferir. Disponível para download em: Um Que Tenha.

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domingo, 19 de abril de 2009

Que velocidade, hein, gordo?

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Foto: Globoesporte.com

Foi o que disse Mano Menezes a Ronaldo quando saiu o segundo gol corinthiano nesta belíssima tarde na capital paulista.

No primeiro tempo, o Corinthians dominou a equipe tricolor. Houve uma chance clara de Washington marcar, mas parou em Felipe. Noutra, Jorge Wagner chutou, mas Felipe mais uma vez defendeu, jogando a bola para escanteio. O Corinthians chegou pouco, mas no meio do campo e na defesa era soberano. Ronaldo quase marcou num chute que Bosco jogou para escanteio.

Já no segundo tempo só deu Timão, apesar de uma cabeçada perigosa de Borges logo na volta das equipes a campo. Mas logo aos 10 minutos, num contra-ataque fulminante, Ronaldo lança Jorge Henrique aparecendo na direita, que chutou ao gol, porém Bosco tocou o suficiente para a bola bater no travessão. Com isso, a bola voltou em direção à marca do pênalti. Douglas, que iniciou a jogada de contra-ataque, apareceu na entrada da pequena área e só completou de direita. Gol! Corinthians 1x0 São Paulo.

Com isso, o São Paulo foi para cima, já que lhe era favorável apenas o resultado de vitória. Assim, após jogada mal sucedida da equipe do Morumbi, Cristian - mais uma vez num jogo formidável - lançou brilhantemente ele, ele, ele! Ronaldo! Num fôlego de adolescente, Ronaldo chegou à bola antes do zagueiro são-paulino e aí foi só tocar por cima de Bosco, que já estava quase fora da área.



Dois a zero e a freguesia se manteve. Isso mesmo, já virou freguesia, com todo respeito que o São Paulo merece. Aliás, não fosse a 'má vontade' dos corinthianos no ataque, que chegavam na frente do gol e faziam corpo mole para decidir, seria uma goleada alvinegra em pleno Morumbi.

Agora, o Corinthians tem a vantagem de empate contra o Santos. Ao contrário do que alguns pensam, a final está em aberto. Ambas as equipes são fortes e os treinadores conseguiram ajeitá-los muito bem nas semifinais.

O destaque do dia fica para Mano Menezes, que calou a boca deste que escreve. Armou a equipe ofensivamente e soube amarrar apropriadamente a equipe do São Paulo. Foi absolutamente incrível como a equipe tricolor simplesmente não chegava à área corinthiana. Cristian, Chicão, William, Elias e Alessandro tiravam todas. Nem na base do chuveirinho, que é o forte do São Paulo, o time perdia. Todas, todas as bolas eram tiradas. Parabéns, Mano, agora eu tenho realmente que lhe dar os parabéns.

A dúvida que fica no ar, porém, é: em que estádios será a grande final? Assunto para os próximos dias.

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Quinze anos sem Dener

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No dia 18 de abril de 1994 falecia Dener Augusto de Sousa, ou simplesmente Dener, vítima de um acidente de carro quando voltava de São Paulo para o Rio de Janeiro, cidade onde estava jogando pelo seu último clube, o Vasco da Gama. Além de ter ido passar,o fim de semana com a família em São Paulo, um dia antes do fatídico episódio Dener havia se reunido com dirigentes da Portuguesa e do Stuttgart, da Alemanha, para acertar os temos de uma futura transferência sua para o futebol alemão.

Detentor de um futebol rápido e habilidoso, Dener era o próprio jeito moleque brasileiro de se jogar futebol. Ágil, liso, veloz e infernal. Assim era ele, difícil de parar sem falta.



Se seria um grande sucesso ou se decepcionaria jogando no futebol europeu, não se pode concluir nem por um nem por outro. O fato é que Dener enchia os olhos de alegria de quem o via jogar. Que o diga os lusitanos torcedores da Portuguesa, clube que o revelou e para o qual Dener ajudou a ganhar o Copa São Paulo de Futebol Júnior de 1991.

Negrinho franzino, de porte físico fraco e leve, Dener atuou pela Portuguesa, Grêmio e Vasco da Gama. Corria como criança perante os zagueiros que se ensandeciam diante de tamanha habilidade com sua melhor amiga, a bola.



Dener atuou onze vezes pela Seleção Brasileira. Para muitos, era convocação certa para a Copa do Mundo de 1994, mas morreu antes que pudéssemos descobrir qual seria sua sorte num campeonato mundial.



Dener faz parte do rol de grandes perdas do esporte nacional. Quem sabe com ele não teríamos sofrido tanto para ganhar aquela Copa e o mundo não teria despertado para todo seu talento e se deliciado com suas jogadas perspicazes, velozes e objetivas, capazes de deixar ambas as torcidas de boca aberta. Era um encanto para todos nós ver suas jogadas, assim como deve ser para os anjos que hoje podem vê-lo jogar. Sorte deles, pois igual a Dener será difícil de encontrar.

Aos 23 anos de idade, Dener deixou três filhos e uma viúva. E milhões de apaixonados pelo futebol tristes.

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